quarta-feira, 22 de julho de 2015

Atividades que desenvolvem oralidade, escrita e leitura

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“… Aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se  é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade.”
(Paulo Freire)
Ao se falar em alfabetização, o que deve vir a mente são os três eixos norteadores da mesma: a oralidade, a escrita e a leitura. Uma está ligada a outra incondicionalmente. Alfabetizar é levar a criança a ter prazer, gostar de falar, escrever e ler. Então, alfabetizar não é simplesmente decodificar códigos, símbolos, mas sim decodificar e interpretar o significado, fazer uma análise crítica de algo.
Cada criança chega à escola em uma fase da alfabetização – o nível de compreensão depende das possibilidades prévias de contato com o mundo da escrita. Apesar de uma classe ter alunos em estágios diferentes de conhecimento, todos podem aprender. O ambiente escolar deve ser pensado para propiciar inúmeras interações com a língua escrita. O papel do professor é mediar interações.
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Sugestões de Atividades

1- Leitura em roda
Diariamente na roda de conversas o professor deve ler em voz alta textos literários, jornalísticos, regras de jogos etc. Os gêneros devem variar para que o repertório se amplie. Além de contos de fadas, valem notícias que tratem de algum assunto do interesse das crianças. É imprescindível garantir a qualidade do material.
O que a criança aprende: Os usos e as funções da escrita, as características que distinguem os gêneros e as diferenças entre o oral e o escrito. Ela se familiariza com a linguagem e os elementos dos livros (que contam histórias), dos jornais (que trazem notícias) e dos textos instrucionais (que incluem regras de jogos ou receitas culinárias).
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2 – Jogo de identificação de palavras e interpretação
Escrever, em letra de forma, em pedaços de cartolina, palavras que pertençam a diversas categorias (animais, flores, brinquedos, etc.).
Como Jogar: mostrando as “plaquinhas”, uma a uma, aos alunos, o(a) professor(a) lhes pede que identifiquem, por exemplo, quais palavras são nomes de animais. Para incrementar a brincadeira, as crianças imitam o animal que acabam de identificar. Em outro momento, a professora espalha as placas no chão e pede a cada aluno que procure palavras iguais.
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3 – Jogo de formação de frases
Faça várias cartelas em cores diferenciadas, contendo: os substantivos, ações, conectivos e pontuação, separadamente. (ex: substantivos em rosa, conectivos em azul, etc.).
Como jogar: O(a) professor(a) entrega a uma dupla de alunos cartelas contendo palavras, vogais e pontuação embaralhadas. Em seguida, propõe que formem as frases corretamente. Em outro momento, pergunta-lhe se é possível trocar elementos frasais com as demais duplas. Assim, os alunos treinam, de maneira lúdica, a comparação entre frases e entre elementos que estruturam uma frase, sem preocupar-se com nomenclatura.     Em momento algum, o(a) professor(a) comenta a divisão de cores dos elementos. É importante deixar o aluno descobrir as diferenciações. Outra forma de brincar é fazer com que uma criança monte a frase e a outra a leia em voz alta.
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4 – Comunicação oral
Mensalmente realizar atividades em que a garotada narra histórias, declama poemas, apresenta seminários e realiza entrevistas. Podem ser feitos saraus e apresentações para expor um tema usando cartazes para apoiar a fala.
O que a criança aprende: A utilizar a linguagem oral com eficiência, defendendo pontos de vista, relatando acontecimentos, formulando perguntas e adequando sua fala a diferentes situações formais.
Para a realização destas atividades é essencial que haja constantementeregistros da cultura oral dos alunos
Registre as diversas manifestações da cultura oral do aluno. Por exemplo. Peça que cante uma música de que gostem; estimule a classe a aprendê-la. Escreva a letra da música em uma cartolina diante dos alunos, vá lendo as palavras conforme for escrevendo cada uma. Leia-as e peça aos alunos que “brinquem de ler”. Varie a proposta utilizando poemas, trava-línguas, provérbios, adivinhações, etc.
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5 – Boliche do Alfabeto
Objetivos:
  • Identificar as letras do alfabeto relacionando-as com o fonema inicial de cada palavra;
  • Desenvolver a coordenação ampla.
Materiais necessários: embalagens de refrigerante e bola.
Modo de jogar: Ao derrubar as garrafas, deverá identificar a letra e dizer uma palavra que inicie com a mesma.
Variantes:
  • Desafiar os alunos a derrubarem somente a letra inicial do seu nome.
  • Solicitar que ao derrubarem as garrafas procurem registrar as letras que derrubaram em uma caixa de areia.
  • Desafiar os alunos a derrubarem as letras e, em seguida, listarem o maior número de palavras possíveis que iniciam com aquela letra. O(a) professor(a) age como escriba.
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6 – Ache o estranho
Recorte de revistas: rótulos, logomarcas, embalagens, etc. Agrupe-os por categoria, deixando sempre um “estranho”. (ex: 3 alimentos e um produto de limpeza; 4 coisas geladas e 1 quente; 3 marcas começadas por “A” e uma por “J”) Cole cada grupo em uma folha e desafie os alunos a encontrarem qual é o estranho.
É fundamental que as crianças justifiquem suas respostas.
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7 – Ditado em baralho
Prepare cartas com imagens na frente e a escrita da palavra relacionada no verso.
Como jogar:
  • Os jogadores embaralham as cartas;
  • As cartas ficarão empilhadas, uma em cima da outra, na mesa;
  • Sorteiam quem irá iniciar o jogo;
  • O jogador que iniciou o jogo tira a sorte em um dado e o número que cair, será o número da carta sorteada. Por exemplo: se caiu o número três no dado, o jogador pegará a terceira carta e as outras passarão para a parte de trás da pilha;
  • O jogador verá o desenho da carta e escreverá o nome da figura, após ele ter escrito, a carta será virada ao contrário para verificar a escrita correta.
  • Se o nome estiver correto ele continua no jogo, se errar será eliminado;
  • Ganha o que acertar mais nome de figuras.
Outras sugestões interessantes:
  • Trabalhar com gibis: selecionar com as crianças os preferidos. Escolher as histórias, ler com as crianças e fazê-las recontar, oralmente e por escrito, recriando a fala dos personagens.
  • Orientar correspondências entre classes: propor à classe que escreva bilhetes para as demais.
  • Trabalhar a sequencia lógica de histórias: formar pequenos grupos e distribuir várias histórias e solicitar que as crianças reordenem e escrevam a historia em grupo. A classe escolhe a história de que mais gostou. Esta deverá ser registrada por escrito pelas crianças.
  • Confeccionar uma televisão com caixa de papelão para apresentação de avisos, recados ou histórias dramatizadas.

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Publicação autorizada por PATY FONTE – Educadora especialista em pedagogia de projetos, escritora, autora de livros e palestrante.
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